quarta-feira, 13 de setembro de 2006

ELEITORAIS: Verdinhas, direito de ir-e-vir e mais

*** Acho que só acontece por onde eu passo, sei lá. Mas, o que esse tal de Partido Verde ( não o de Ralph Nader, e sim seu congênere-reboque do PSDB ) está gastando nessa campanha. É medo da cláusula de barreira?

*** É uma merda quando somos obrigados a, por causa de uma greve de Metrô ou de ônibus, ouvir bestas clamando pelo "direito de ir-e-vir" impedido, segundo eles, pelos grevistas.
Só existe esse tipo de "ir-e-vir"? E o pedestre ou aquele que, voluntariamente abdica do "direito" ao automóvel? Cada dia menos espaço para caminhar.As calçadas se tornam vaga para estacionar, quando a CET - os heróis deste blog - não está por perto.

Sem falar nos motoristas que "jogam" o carro em cima, param em cima da faixa (com ar de "quem, eu?"), fazem manobras ou conversões (por exemplo: é proibido sair da R.Estados Unidos e entrar à direita na Rebouças. Tem placa.),
ficam pressionando o pedestre a atravessar a rua rapidamente e outras atitudes, (além da própria natureza nociva do veículo) o que demonstra a preferência do poder público pelo automóvel. Medo de peitar a "opinião pública". E mais avenidas e asfalto.

*** Falei em ônibus. Dia desses, no JT, matéria sobre o stress que acomete os motoristas, o que acarreta em acidentes ( estariam aumentando, segundo o texto ). Acontece que a matéria é rasa como um pires. A repórter acertou ao mostrar a ausência de informações relevantes ou números confiáveis no site da SPTrans. Eu já havia percebido, mas fiquei em dúvida.
Não se consegue o número de acidentes envolvendo ônibus, por exemplo.
Mas informações contidas na matéria trazem mais dúvidas, que não foram sanadas ali: um motorista disse que a manutenção dos veículos é malfeita e há excesso de horas trabalhadas.
Além disso, existiria certo rigor da empresa e da SPTrans, quanto à fiscalização exigente, o que resultaria em efeitos nocivos sobre a saúde do trabalhador, tanto física como mental.
Ranking de reclamações do usuário: consta que a não-parada no ponto é uma das maiores reclamações. Por vezes o cara está correndo demais. Motivo? Atrasos, claro. [conclusão minha]
Nesse caso, por revelar uma constante (falta ou quebra de veículos levando ao não-cumprimento de horários, direção perigosa, velocidade demasiada, etc.) pode-se perguntar: estas "faltas" decorrem de suposto stress, ou seria falta de fiscalização mesmo?
A matéria focou nos problemas de saúde, dando cifras, mas fazendo contas podemos perceber uma lacuna inexplicada de quase 60% das reclamações, e ficamos sem saber quais são.
Dá muito bem para concluir que, após piorar o serviço de ônibus ( sem ser molestada pelos jornais ) quando era sentido por alguns cidadãos, agora os efeitos se fazem notar na marra, graças ao aumento de acidentes devido às alegadas más condições ou excesso de trabalho pelos trabalhadores.
Sendo assim, não é de se estranhar que o Sindicato, tão combativo (principalmente nos tempos de Marta ) tenha deixado a situação chegar até esse ponto (trocadilho passageiro) ?
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