quarta-feira, 21 de fevereiro de 2007

Podem falar o que quiserem: São Paulo está prosperando!!!

Importadora vende caviar francês em SP
Folha de São Paulo, 04/02/07
Dinheiro - pág. B2 - Coluna Mercado Aberto

O local chama-se "Le Caviar", cujos proprietários são Matilde Ghelfond e Daniel Lecuona.
Seu propósito? "(...) suprir a demanda brasileira por ingredientes de alta gastronomia (...)";
Segurem a saliva, proletas!!!
O ingrediente de alta gastronomia que merece o destaque no artigo, é o famosíssimo sturia - caviar obtido do esturjão siberiano Acipenser baeri , criado em cativeiro na fazenda Sturgeon Scea, na França.
Como vocês sabem, a aparência da iguaria é um show: tipo oscetra, com ovas cuja tonalidade varia entre o preto até o marrom dourado.
"(...) as pessoas que consomem esses produtos no Brasil não tinham muitas opções", afirma a gourmand-proprietária do estabelecimento.
Até que enfim essa carência social foi sanada, graças ao capital privado empreendedor.

Bancas de jornal diversificam e vendem até charutos cubanos
Francisco Ranieri Neto, presidente do Sidicato dos Vendedores de Jornais e Revistas de São Paulo
Publicado no Jornal do Commercio ( e, talvez, no JT )
Data ignorada ( possivelmente entre Janeiro e Fevereiro de 2007 ).

Digamos que você tenha apreciado um jantar, tendo como prato principal, a fina flor dos cativeiros franceses, o incomparável sturia ( Ver texto acima ) ; Todos nós sabemos que a melhor forma para encerrar esta jornada pela night paulistana é dando uma voltinha ( à pé ) pela metrópole que não dorme.
Aqui cabe um [imenso] parêntese: mesmo com a sanha esquerdista em nos acusar de insensibilidade e atribuíndo-nos a responsabilidade por aquilo que eles convencionaram denominar "pior distribuição de renda do mundo", não devemos nos enclausurar em nossos condomínios horizontais e flats com frigobar, temendo pela censura dos "pseudodefensores dos direitos humanos" ( Pois sim!! ). Devemos, isso sim, restabelecer nosso direito de ir e vir, onde bem nos apetecer, e isso inclui nossos passeios noturnos pelo quadrilátero dourado do Jardim Paulista.
Esses rancorosos esquecem que nós, cidadãos de bem, somos tão explorados quanto eles. Enquanto pagamos fábulas pela eletricidade consumida para manter nosso padrão de vida ligeiramente confortável, esses gaiatos conseguer alumiar seus casebres lançando mão da ilegalidade - no caso, fazendo as tristemente famosas "gambiarras". Vai eu fazer uma dessas amarrações na fiação do meu apartamento. Ou explode, ou sou pego e processado por roubo de energia elétrica.
Pois bem, voltemos ao planeta Terra.
Estamos na Avenida Paulista e, óbvio, decidimos encerrar a nossa noitada, tragando um aprazível Cohiba, encontraável em qualquer banca de jornal em São Paulo. Eu não preciso ir tão longe para comprar o meu.
Aliás, como todos devem saber, a abertura comercial propiciou o crescimento exponencial destes estabelecimentos - onde antes só se encontrava revistas, gibis e figurinhas de álbuns que, se você encontrasse o cromo carimbado ( ou a "Figurinha Chave" ) , ganhava um prêmio, como geladeiras ou batedeiras. Eu, mesmo, só ganhei times de futebol de botão, e nenhum deles era o Real Madrid, do Beckham.
Você quer a Vogue Italiana? A Cosmopolitan? Seu filho que passou no vestibular da FEI-USP gosta da VW Trends? Dirija-se à uma banca perto de você e faça a festa.
Não esqueça das simpáticas garrafinhas de Cutty Sark e do Cohiba.
Felizmente, a nossa Prefeitura de São Paulo, após quatro anos nas mãos do comunismo-socialite-apedeuta de Marta Suplicy ( a "Perua" ) , está nas mãos corretas e competentes dos nossos gestores políticos, como Andrea Matarazzo ( o Dória o apelidou de "o Prefeito de fato". Que maldade, Dória!! ) e Gilberto Kassab - em quem ninguém votou - surpreendentemente bem no papel de "monitor da sala quando a professora não está presente".
Digo isso porque, nossos supra citados "gestores de política municipal" não permitem a venda, nas bancas, de produtos como refrigerantes e batatas chips ( volume máx. 30 gr ). E, com essa visão vitoriosa, impedem que estes simpáticos e globalizados shops sejam frequentados por proletas que só sabem ler o Lance! ( Não me perguntem o que é. Eu ouvi o balconista do Starbucks dizer a alguém que esse tal "Lance" é sua única leitura. Ainda se fosse a "Oscar" ou a "Flash". Essa gente, que procria como baratas, não quer mesmo progredir. Preferem viver de Bolsa Família, às custas de nossos impostos - o meu, o seu, o nosso dinheirinho ) .
Você pode pensar: "Ué, mas eu vejo geladeiras em bancas, vendendo Coca Cola e algumas têm até sorvetes Kibon"...
Acontece que sempre tem alguém burlando a lei. Esses produtos, não são permitidos sua venda nas bancas que apenas possuem a TPU, instaladas em logradouros públicos.
Entretanto,contrariamente à lei reguladora, e graças à firme e pronta ação da Prefeitura de Andrea Matarazzo, que não permite aos fiscais que importunem as bancas importantes nas Regionais mais chiques, certos itens podem ser encontrados. Ou seja, se não quisermos conviver com os proletas chupadores de picolés baratos e bebedores de tubaína, devemos frequentar bancas que não vendam tais ítens. Mas ainda há tempo e esperança. Os donos dessas bancas, que preferem trocar o convívio diário com pessoas de bem - como é o nosso caso - pela frequência da ralé, em troca de algumas moedas e notas de 1 real suadas, sentirão a força de nosso boicote, e voltarão a oferecer produtos de qualidade para consumidores requintados e exigentes - como é o nosso caso.
Deviam fazer como o Ranieri, o velho sindicalista.






Etiquetas: , ,

I heart FeedBurner Monitorado por Cyclops