quarta-feira, 21 de fevereiro de 2007

Vale o escrito???



O Governo do Paraná apresenta a ordem de pagamento no valor de R$ 10.783.822,32, executada pelo DER em favor da DM Construtora, no dia 30 de dezembro de 2002.
Ou seja: 48 horas antes do final do mandato de oito anos do Governo Jaime Lerner.
A ordem está assinada pelo então diretor-financeiro do DER, José Richa Filho. Este pagamento refere - se a obra de duplicação do trecho Curitiba - Garuva, que foi concluída e paga no primeiro mandato do governador Roberto Requião, entre 1991-1995.
Este novo faturamento da duplicação da Curitiba-Garuva foi feito seis anos após a obra concluída e quitada pelo governo Roberto Requião.
O cheque que pagou esta fatura : OP –O98934, da Agência 3836 –Banco Itaú S/A.
As denúncias do Governo do Paraná em relação ao pagamento duplicado da obra na Curitiba –Garuva são objetos de uma ação que tramita na 2ª Vara da Fazenda, em Curitiba, ainda em fase inicial.
O Governo do Paraná pede a nulidade do pagamento feito à DM, o ressarcimento da quantia aos cofres públicos e a punição de quem autorizou os pagamentos.
Na fase inicial do processo, os bens da construtora tornaram-se indisponíveis a pedido do governo do Estado e foram liberados, posteriormente, por uma liminar.
Veja esclarecimento do Governo do Paraná sobre o assunto:
1) No dia 30 de dezembro de 2002, dois dias antes de o governador Roberto Requião tomar posse, o então diretor-administrativo e financeiro do DER, José Richa Filho, fez um pagamento de R$ 10.783.827,32 à empresa DM.
2) Assim que tomou posse, tendo conhecimento desta operação feita ao apagar das luzes da administração Jaime Lerner, considerando-a irregular, o governador Roberto Requião pediu à Justiça a nulidade do pagamento e o ressarcimento da quantia quitada.
3) Esse pagamento referia-se a serviços prestados pela DM na duplicação da BR-376 entre Curitiba - Garuva, realizada por Requião em seu primeiro mandato (1991-1994). Quer dizer: a quantia foi paga sete anos depois da obra concluída.
4) Conforme denúncias que o governador Roberto Requião recebeu, esse pagamento nada mais foi que uma engenharia financeira para cobrir gastos de campanha nas eleições para o Governo do Estado em 2002, envolvendo o candidato apoiado pelo governo Jaime Lerner, o então vice-prefeito de Curitiba, Beto Richa.
5) A ação que pede a nulidade do pagamento e o ressarcimento do dinheiro aos cofres públicos tramita na 2ªVara da Fazenda Pública em Curitiba, sob o número 236/2003.
6) O Governo do Paraná lamenta que o prefeito Beto Richa, em vez de contribuir para esclarecer um episódio obscuro que envolve o seu nome e o de seu irmão, derive para a agressão, para a infâmia e, mais uma vez, use o nome do seu pai para fugir de suas responsabilidades. Registre-se que, em momento algum, o governador Roberto Requião referiu-se ao pai do prefeito.
7) O destempero do prefeito Beto Richa revela o óbvio: sem argumentos, sem fatos sólidos onde se apoiar, sem como dar uma explicação convincente à opinião pública, ele repete o triste roteiro daqueles que não têm razão, grita, ofende, perde a compostura.
8) A verdade está nos fatos. E os fatos devem ser apurados. O estranho pagamento feito 48 horas antes da extinção do mandato do antigo governo deve ser investigado. As denúncias e suspeitas de que o dinheiro foi desviado para pagamento de dívidas de campanha eleitoral precisam ser esclarecidas.
9) O esperneio, a má-educação, o apelo fácil e constrangedor a memórias familiares não podem encobrir a verdade. Por mais que o prefeito grite e ofenda, isto não vai livrá-lo da suspeita.
10) Coragem é enfrentar os fatos. É denunciar toda e qualquer falcatrua com dinheiro público. Covardia é esconder-se. É empilhar um monte de ofensas, frases e adjetivos mal alinhavados achando que isso possa transformá-lo em vítima. Enfim, uma saída medíocre que qualquer marqueteiro eleitoral aconselha.
11) Tentativas de desmentir os fatos, da parte de quem quer seja, não anulam o pagamento suspeito. Ele aconteceu, foi indevido e o Governo luta na Justiça para ver-se ressarcido. E a suspeita é ainda mais tenebrosa quando se sabe que a quantia foi repassada à empreiteira 48 horas antes do fim do mandato do governo de Jaime Lerner.
12) O governador do Paraná espera que a intensa repercussão do fato na imprensa estimule os órgãos de comunicação a também investigar as denúncias. Afinal, desde 2003 o governador Roberto Requião fala sobre o assunto.

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