domingo, 29 de abril de 2007

Cidade Limpa: ponto para Kassab. Volta, Marta!!!

Sendo sincero: gostei desse papo de "Cidade Limpa". É uma descoberta seguida de outra. Quantas fachadas de prédios e imóveis estavam escondidos atrás destes painéis e luminosos, e que agora, reveladas, mostram belos detalhes e servem até para que façamos a comparação entre as estéticas atuais e as do período em que foram construídos tais e tantos imóveis.
Taí uma diferença que mantenho em relação aos, digamos, esquerdistas ( já que fui rotulado de tantas coisas, principalmente pelos leitores de jornais tipo Estadão, quando desço o cacete em FHC - "O inimigo nº. 1 dos de baixo" ) : não é por "dar" emprego, que uma atividade produtiva se torna intocável/ essencial.
Quando uma dessas indústrias de automóveis ameaça ir embora, se o país não flexibilizar os direitos trabalhistas, apesar de sentir pelos trabalhadores, meu principal pensamento é: "Ótimo. A partir de agora, produzamos motos e bicicletas. Talvez agora dê para convencer o cidadão de bem do prejuízo social e ambiental que os carros trazem."
Pois é. Esse sou eu.
Voltando ao "Cidade Limpa".
Não sei se partiu do Serra, do Kassab ou de algum prefeito ou legislatura anterior, essa idéia.
É claro que ver a "revolta cívica" dos publicitários aparecendo nas páginas do Propaganda & Marketing não tem preço. Mas não me agrada ver colados cartazes do PSTU, em favor incondicional de camelôs. E dizendo aqueles velhos bordões, sobre o proletariado expropriado de seu "emprego". Teoria por teoria, prefiro a minha: exercer trabalho ( se der para chamar dessa forma ) é condição natural e obrigatória para a existência do ser humano. Ponto final. Se, por algum motivo, o cara não "tem permissão" para levar adiante e cumprir seu destino e castigo, impostos por Deus em pessoa, então o roubo está aí. Hoje, no Globo News, estavam debatendo a situação eleitoral na França. Alguém falou sobre - acho - a dignidade do trabalho. Se lembro bem, falavam sobre o estado de bem-estar social da Europa. Ganha-se "ajuda" sem a "dignidade" conferida pelo ato de trabalhar.
Então tá.
Quer dizer, então, que minha dignidade está nas mãos daquele que me "der" um emprego? É isso? Existem pessoas, como meu patrão atual, que podem ou não me devolver ou ceder-me a dignidade que não me pertence de fato, mas episodicamente?
Quantas voltas... E o "Cidade Limpa", hein?
Certo. Todo "emprego" é indigno, e eu não estou inventando a roda.
O que fazer para mudar, caso esteja certo esse diagnóstico, eu não sei. Isso é trabalho para os intelectuais, ou para os cidadãos que tiverem a clareza de perceber que, no final das contas, talvez tenhamos que jogar fora certos hábitos, preceitos e certezas. A começar do chamado "progresso" a qualquer custo. Ou "desenvolvimento". Talvez "distribuição" deva ser o princípio. Afinal, seja comunismo, anarquismo ou capitalismo, estamos lidando na verdade com as escolhas feitas em termos de agregamentos humanos, ou populacionais, ou formação de sociedades humanas, algo bem primário. Quase teremos que partir do zero e rediscutir como serão essas novas formações humanas, suas leis e atribuições dadas a cada um.
Claro, eu estava esquecendo: por mais importantes pareçam ser as coisas que fazemos, certo é que todos morreremos no final e, aí, tudo na vida se revela o que é: mero entretenimento, até chegar a hora de cerrar as portas. e o que fizemos e produzimos nesse tempo desaparecerá conosco.
Não te, angustia saber disso o tempo todo?
Deus, como fugi do assunto!!! Agora já foi. E assino embaixo de cada letra.

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1comments:

Blogger Vinicius Duarte DEIXOU O SEGUINTE RECADO:

Eu tanto assino embaixo que vou reproduzir no meu blog (com os devidos créditos, evidentemente), já que o senhor, mesmo estando autorizado, lá não se digna a aparecer. Passar bem.

abril 30, 2007 9:45 da tarde  

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