sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Jornalista da famigerada e suspeitíssima Editora Abril pode abdicar de seus direitos trabalhistas, só que nem todo trabalhador é capacho igual!!!

Anamatra e Amatra 15 divulgam nota em face de reportagem da Revista Exame
NOTA OFICIAL
A ANAMATRA - Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho e a AMATRA XV - Associação dos Juízes do Trabalho da 15ª região, entidades representativas de mais de 3.700 Juízes do Trabalho do Brasil e de mais de 360 Juízes do Trabalho do Estado de São Paulo, respectivamente, vêm a público manifestar sua irresignação com a reportagem especial sobre o tema trabalho publicada na edição 0900 da Revista Exame, de 23 de agosto de 2007, nos seguintes termos:
1. A ANAMATRA e a AMATRA XV adotam como maior premissa a atuação intransigente na defesa das garantias Constitucionais que são atribuídas aos magistrados, não por mero corporativismo, mas sim porque acreditam que os seus destinatários são os cidadãos. Uma sociedade democrática e forte somente é construída com um Poder Judiciário igualmente robusto, o que se dá por meio de Juízes independentes e que consigam enxergar a realidade das relações que os cercam.
2. Atualmente, as relações de trabalho, especialmente aquelas mantidas entre empregados e empregadores, vêm sendo alvo de ataques constantes pelos diversos setores da economia, que as colocam como a grande vilã do problema de crescimento do País.
3. As entidades signatárias não concordam com essa opinião, pois entendem que as relações laborais devem se desenvolver primordialmente com respeito ao ser humano, a fim de não tratar o trabalhador como uma simples matéria prima cujo valor pode ser negociado sem quaisquer escrúpulos. Esse ponto de vista decorre da certeza de que nenhuma pessoa almeja ser tratada como mercadoria que tem prazo de validade e, uma vez expirado, ser retirada do processo produtivo.
4. Esse posicionamento é comum entre os membros da Justiça do Trabalho, com o que nasceu a sua característica mais marcante, que é o vanguardismo na busca da efetividade dos direitos dos trabalhadores. Anacrônico e medíocre, utilizando-se as palavras da revista editada, é o pensamento daqueles que continuam defendendo que as condições desregulamentadas e subumanas da prestação de trabalho representam avanço para a economia do país, embora tal ponto de vista seja perfeitamente compreensível quando advém de segmento que busca o lucro acima de qualquer coisa e de qualquer pessoa.
5. É importante lembrar ainda que a visão social dos Juízes do Trabalho nunca será harmoniosa com a pretensão dos economistas que defendem a implementação do liberalismo econômico nas relações de trabalho e emprego, já que aqueles não perderam de vista a condição humana que existe no trabalhador, enquanto estes entendem que eles representam apenas mais um número a ser reduzido em busca do enriquecimento. Vale lembrar que a entidade nacional representativa dos Juízes do Trabalho, em consonância com o anseio de seus integrantes, lançou nesse mês de agosto a Campanha pela Efetivação do Direito do Trabalho, por meio da qual se pretende dar visibilidade ao trabalho como valor ético da sociedade e não apenas como meio de vida ou como mercadoria a ser explorada pelos setores produtivos.
6. Nessa linha de raciocínio, chega-se à conclusão de que a reportagem trazida pela revista exame nada mais é que um estratagema para enfraquecer a Justiça do Trabalho, por meio do enfraquecimento de seus interlocutores, e, com isso, difundir seu pensamento neoliberal de que o crescimento econômico deve se dar a qualquer custo, ainda que isso importe na precarização das condições de vida e trabalho da população.
7. O tom pejorativo de parte da reportagem intitulada "O Juiz Robin Hood" em nada representa o caráter e a dignidade do Juiz Jorge Luiz Souto Maior, titular da 3ª Vara do Trabalho de Jundiaí, que sempre se pautou com lisura e respeito no desempenho de suas atividades jurisdicionais. Eventuais divergências de entendimentos devem ser combatidas com os meios processuais próprios e não com ataques midiáticos que desmereçam a conduta do magistrado.
8. Desse modo, a ANAMATRA e AMATRA XV vêm a público externar sua irresignação com a reportagem trazida pela revista exame e prestar solidariedade à Justiça do Trabalho e a todos os Juízes do Trabalho que se sentiram ofendidos com seu caráter depreciativo.
Brasília (DF) e Campinas (SP), 31 de agosto de 2007.
CLÁUDIO JOSÉ MONTESSO
Presidente da ANAMATRA

ANA PAULA PELLEGRINA LOCKMANN
Presidente da AMATRA XV

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Brasil - Meios de comunicação, democracia e corrupção

Dom Luiz C. Eccel *
Adital
30.08.07
Alô, senhor Jefferson!
No primeiro semestre de 2005 houve um grande alarde de corrupção no governo. A imprensa é testemunha disso. Prato cheio... e sempre para poucos. O protagonista foi o então deputado federal do PTB, senhor Roberto Jefferson, do Rio de Janeiro. O mesmo teve seus momentos de honra e glória. Seu comportamento foi de alguém que parecia profundamente arrependido de ter entrado no mundo da política para se servir dela até não poder mais. Cheguei a pensar que ele tinha "doença ruim", como diz nosso povo, e que logo iria apresentar-se diante do tribunal divino. Assumiu diante das câmeras que participou da "missão secreta" e denunciava o tal mensalão e sua quadrilha.
Certamente, ele se achava uma das poucas pessoas bem informadas e inteligentes do mundo e por isso conhecia todos os meandros da trama diabólica.
Senhor Jefferson, não subestime tanto o povo que é sofrido, sim, porque trabalha duro para ganhar uma miséria, mas que sabe perfeitamente que sempre houve muito desvio de verba pública em todas as esferas da República. Sabe que sempre houve e haverá gente que compra e vende votos. Gente graúda e pequena. O senhor esqueceu-se de dizer o quanto cada parlamentar ganhou para alterar a Constituição e votar a favor da reeleição. Ou o senhor pensa que não sabemos o quanto o governo anterior gastou nisso? E hoje, 29 de agosto de 2007, o mesmo disse estar satisfeito com a atuação do STF. É uma atitude, no mínimo, incoerente.
E a princesa encantada e ao mesmo tempo deslumbrada da grande mídia se esbaldou e continua se esbaldando com os escândalos. Age como se fosse incólume e grande prestadora de serviço ao povo, trazendo a público todo este escândalo. A grande mídia também subestima o povo, levando-o a crer que toda esta imoralidade só existe a partir deste governo. O povo brasileiro sabe que, desde que aqui aportou o senhor Cabral, os grandes roubos iniciaram-se neste país, levando para fora dele as riquezas naturais e, pior, matando aqueles que sempre foram os legítimos donos desta terra, os Indígenas.
Hoje, dia 29 de agosto, o Supremo Tribunal Federal encerrou cinco dias de trabalho, enquadrando 40 pessoas para responderem a processos, acusados de diversos delitos em torno do mensalão. O senhor Jefferson, um dos acusados, e auto-acusado, se manifestou dizendo que só faltou enquadrar o chefe maior, o presidente da república e falou também em iniciar movimento pelo impeachment do Lula. O povo sabe que se fosse fazer uma varredura completa no Congresso Nacional, 40 seria, talvez, o número dos que sairiam ilesos.
Senhor Jefferson, é verdade que falta muitíssimo para chegarmos a realizar o sonho de todos os brasileiros viverem com dignidade, mas houve avanços. E não estou nem defendendo e nem condenando o governo. Não é meu papel. Sabemos que quem decide neste país e em tantos outros é o poder econômico nacional e internacional. Mas acabo de crer que o senhor é realmente um "cabra mandado". O senhor sabe que nunca os banqueiros tiveram tanto lucro, que a elite continua poderosa e "blindada", que o capital estrangeiro continua mandando, que o poder econômico continua tendo a hegemonia, que o agronegócio vai de vento em popa, que a reforma agrária continua no papel, que a desigualdade social deste país está entre as maiores do mundo, mas que, apesar disso, os políticos do Brasil são os mais bem remunerados do mundo, que a grande mídia continua cada vez mais dominadora e nas mãos de poucos, e se passando por dona da verdade, distorcendo os fatos. Portanto, está claro que o senhor está a serviço desta minoria privilegiada que sempre mandou neste país e quer continuar a mandar sozinha. O senhor não foi protagonista de uma boa ação, somente cumpriu um dever de casa mandado por um professor relapso. Fico pensando que ganhou uma boa nota: "10 com estrelinha". Está na hora de parar com encenações. Creio que o senhor não aceitou contratações das TVs para ser ator, porque ganharia uma "nota" menor.
Senhor Jefferson, acaso o senhor conhece o livro intitulado "Confissões de um Sabotador Econômico" **, do autor americano John Perkins? Ali o autor fala em sabotadores e chacais. Em qual destas nomenclaturas o senhor encaixa?
Quem não quiser ler o livro, leia ao menos a entrevista do Perkins à Revista Caros Amigos, de março de 2006. Assim poderá compreender melhor o que está acontecendo no Brasil e em outros países pobres.
Senhor Jefferson, se quer realmente ajudar à nação e, sobretudo, ao povo desta nação; se quer realmente se redimir dos seus pecados, deveria deflagrar na grande mídia que o leilão da Vale do Rio Doce foi o maior roubo, o maior crime contra o patrimônio público que já se cometeu neste país. O senhor sabe disso. Claro que sabe e por que não denuncia, como fez o atual governador do Paraná, reeleito, senhor Roberto Requião? Ele deu uma entrevista para a Revista Caros Amigos, de julho de 2005, quando um dos entrevistadores, Palmério Dória, perguntou-lhe: "Em escala de roubo, onde se roubou mais, no governo Fernando Henrique ou no governo Lula?"Ele respondeu: "A gente não precisa nem de um roubômetro para avaliar isso. O Fernando Henrique com a privataria roubou 10.000 vezes mais do que qualquer possibilidade de desvio do governo Lula".
Vai à mídia, senhor Jefferson. Seja o defensor do povo espoliado. Ajude a trazer de volta a Vale que é nossa e que entregaram a um grupo a preço de banana sem nos perguntar nada, porque esta é a nossa democracia. Há mais de 100 processos, apontando sérias irregularidades do processo de venda da Vale, parados na Justiça, exigindo a anulação deste ato criminoso. O valor da riqueza mineral que foi passada para a Vale do Rio Doce é incalculável. Perto do famigerado mensalão é fichinha. Mas os processos estão emperrados nos fóruns deste país. Se o senhor tem tanta sede de ver este Brasil passado a limpo, tome o horário nobre na mídia e peça ao povo que se una na luta e vá votar no plebiscito popular (tem que ser popular porque o senhor é também um dos responsáveis por não regulamentar o artigo 14 da Constituição Federal, impedindo a democracia participativa), pedindo a anulação deste ato vergonhoso que atenta contra a soberania do nosso país e à dignidade do povo brasileiro, que construiu o patrimônio da Vale. Faça isto, senhor Jefferson, e eu começarei a acreditar que o senhor tem boas intenções.
Enquanto isto, fico com o estadista e general francês, Charles de Gaulle, que disse: "Como um político nunca acredita no que diz, surpreende-se quando outros acreditam nele".
Claro que toda regra tem exceção e, portanto, esta exceção também tem regra.
* Bispo Diocesano de Caçador-SC
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Intelectuais e Anistia reforçam pedido de extradição de Fujimori

30.08.07 - CHILE
Com a expectativa de que a sentença referente à extradição do ex-presidente peruano Alberto Fujimori saia em menos de um mês, segundo informou o próprio presidente da Sala II da Corte Suprema, Alberto Chaigneau, intelectuais peruanos e a Anistia Internacional (AI), em dois documentos distintos, pedem que a justiça chilena conclua o julgamento de maneira a extraditar Fujimori e permitir que ele seja julgado pelos crimes de lesa humanidade e corrupção que cometeu. A decisão do caso era para ter sido dada na última terça-feira (27).
Para a AI, a Corte Suprema do Chile sentenciará a favor da extradição, pois "em várias oportunidades, já deu alto grau de proteção aos direitos humanos, fundando-se não só em obrigações de caráter convencional, mas também no costume internacional". O escritor peruano, Mario Vargas Llosa e outros intelectuais peruanos fizeram um pronunciamento público pedindo que a Suprema Corte chilena corrija a decisão do juiz Orlando Álvarez, que no último 11 de julho negou a extradição de Fujimori alegando não ter provas suficientes.
No texto do pronunciamento, os intelectuais disseram que o ex-presidente foi responsável pela ruptura da ordem constitucional em 1992, pela deterioração do sistema político no Peru e pelo extremo nível de corrupção que se chegou no país. As acusações contra Fujimori precisam ser investigadas pela justiça e "a responsabilidade dos órgãos jurisdições é aplicar as leis com sentido de verdade, vocação de justiça e consciência", acrescentaram os intelectuais, ao pedirem a extradição de Fujimori.
A sentença de Alvarez está pendente de apelação ante a Sala Penal da Suprema Corte, segundo a AI, é defeituosa e errada, pois omitiu levar em consideração - entre outras razões - as obrigações que, sob o direito internacional, pesam sobre o Chile. Se a apelação peruana for negada, o direito internacional obriga o Chile a submeter o tema à investigação e, possivelmente, Fujimori será julgado no próprio Chile, para cumprir o princípio aut dedere aut judicare (julgar ou extraditar). Se o julgamento de Fujimori, pelos crimes cometidos durante seu mandato como presidente do Peru, for realizado no Chile, os tribunais locais devem garantir a a justiça do processo.
A Anistia, em informe, apontou três razões pelas quais a alegação de Alvarez de falta de provas está errada. Em primeiro lugar, "porque esse juízo de valor emitido pelo juiz só poderia ser alcançado como resultado de um processo penal aberto e exaustivo, no qual as partes poderiam levar ao conhecimento do julgador uma ampla gama de medidas probatórias e não em um processo de extradição, no qual as medidas probatórias são necessariamente próximas".
A entidade criticou o fato de o juiz ter omitido a referência ao Código de Bustamante, de aplicação suplementar no caso, que determina que com a solicitação definitiva de extradição, o Estado requerente deve dar "pelo menos indícios racionais da culpa da pessoa de que se trata" e não mais.
A declaração de Alvarez de que "não existe nenhum testemunho que declare ter recebido uma ordem direta do presidente (Fujimori) ou ter presenciado a emissão dessa ordem dada pessoalmente por ele"; está em desacordo com a chamada responsabilidade do superior ou responsabilidade de comando.
De acordo com essa responsabilidade, constitui uma norma consagrada pelo direito consuetudinário e reflete em distintos instrumentos convencionais dos quais o Chile é um Estado Parte, em certos casos, e Estado signatário em outros, e resulta plenamente aplicável no caso de extradição de Fujimori.

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Aqüífero Guarani é tema de debate na Secretaria do Meio Ambiente do Paraná

A Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos promoveu nesta quinta-feira (30), em Curitiba, um debate sobre a importância da preservação dos recursos hídricos. As discussões foram norteadas pela exibição do longa-metragem argentino Sed - Invasíon Gota a Gota, que conta a história do Aqüífero Guarani, o maior reservatório subterrâneo de água doce do planeta.
A atividade fez parte do Fórum de Encontros e Debates, que a Coordenadoria de Educação Ambiental da Secretaria promove desde o início deste ano para incentivar a discussão interna e fortalecer o envolvimento dos técnicos, além de estimular iniciativas individuais.
O secretário de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Rasca Rodrigues, destacou que encontros como este contribuem para o aperfeiçoamento de políticas públicas que ajudam o meio ambiente “Quando reunimos vários técnicos, criamos a possibilidade de ampliar e compreender diferentes visões. Nos encontros do Fórum estamos buscando sempre subsídios técnicos e, acima de tudo, a integração da equipe através de um estudo coletivo”, comentou.
Para o secretário do Conselho de Desenvolvimento e Integração Sul no Paraná (Codesul/PR), Santiago Gallo, que participou dos debates, discutir o tema ambiental é fundamental para o desenvolvimento do Estado. “Ainda mais quando envolve recursos naturais que são compartilhados além das fronteiras”, disse. “Quando existe a mesma missão em relação ao meio ambiente e sua preservação, visando o desenvolvimento sustentável, podemos contribuir com outras sociedades para que elas preservem também. Se os dois lados preservarem, todos saem ganhando”, completou. Além do Brasil, o aqüífero Guarani abrange três outros países: Uruguai, Paraguai e Argentina - sendo que 2/3 do seu total se encontra em território brasileiro.
A assessora de Educação Ambiental da Secretaria, Fátima Jacob, afirmou que o Fórum continuará promovendo debates mensais sobre assuntos relacionados à sustentabilidade. “Estes encontros podem estabelecer diretrizes para o funcionamento de todas as coordenadorias da Secretaria, pois, nos debates, todos os departamentos estão presentes”, falou Fátima, destacando a importância do evento. “Desta forma, podemos formar uma agenda integrada que irá formar metas e soluções para as ações da Secretaria”, concluiu.

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quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Nós entendemos a cabeça do brasileiro!!!

A nossa enquete cívico-moral-educativa era para estar bombando!!! Mas apenas 20 abnegados se dispuseram a participar!!!
Vocês levarão este blog à falência: nós contratamos, a peso de ouro, duas das maiores, honestas e mais bem conceituadas empresas de análise de mercado e opinião, a COICE-POINT e a PROcoINSULT, e elas não cobram barato não. São extremamente profissionais, principalmente na hora de cobrar por seus préstimos.
É com base nos resultados que nos forem apresentados pelas empresas auditoras, que vamos continuar melhorando o CATA-MILHO, sempre otimizando o conteúdo e dinamizando a relação blog-cliente.
Vamos lá.
Vamos participar!!!

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Fresh Fraud for Rotting Swindlers


Há tempos eu deixei de me interessar muito por coisas que me eram bem caras. Falo de cultura. Ou, para que ninguém tenha uma idéia distorcida a meu respeito: cultura pop.
Falo de rock, seriados, filminhos, gibis. Nada de jazz, música erudita, literatura ou teatro. Essas coisas que certas pessoas enumeram só para fingirem ser inteligentes. Não tenho porquê negar que sempre consumi aquele tipo de coisa. O que não signifique que só consumisse a tal cultura pop, mas a verdade é que não fui muito longe no interesse em apreciar a "alta cultura" ou as obras "do bom gosto". E não fui muito longe nos estudos. Não sei se existe alguma relação, mas eu também fico com o pé atrás quando a cultura pop entra na conversa ou em discussões. O que não significa que tenha sido sempre assim. Esse papo de "quem-lê-o-quê" ou "fulano-escuta-e-é-fã-de-rock-underground" já fez parte de minha vida, a ponto de eu gastar um bom dinheiro em vinis e CDs e aprender a tocar guitarra. Também não fui muito longe. A verdade é que eu não encontro meu lugar. Ponto.
Entre os meus preferidos, havia uma banda chamada Dead Kennedys ( não vou apresentar. Para isso existe o Google ) . O pouco que eu entendo de inglês, aprendi sozinho, para conseguir traduzir suas letras. E, gostem ou não, que letras!! Abaixo um exemplo:
Pull My Strings
I'm tired of self-respect
I can't afford a car
I wanna be a prefab superstar
I wanna be a tool
Don't need no soul
Wanna make big money
Playing rock and roll
I'll make my music boring
I'll play my music slow
I ain't no artist I'm a businessman
No ideas of my own
I won't offend
Or rock the boat
Just sex and drugs
And rock and roll
Drool, drool, drool, drool, drool (etc.)
My payola!
Drool, drool, drool, drool, drool (etc.) My payola!
You'll pay ten bucks to see me
On a fifteen foot high stage
Fat-ass bouncers kick the shit
Out of kids who try to dance
If my friends say I''ve lost my guts"
I'll laugh and say
That's rock and roll
( But there's just one problem... Is my cock big enough Is my brain small enough For you to make me a star )
Give me a toot,
I'll sell you my soul
Pull my strings and I'll go far
And when I'm rich
And meet Bob Hope
We'll shoot some golf
And shoot some dope
Is my cock big enough
Is my brain small enough
For you to make me a star
Give me a toot,
I'll sell you my soul
Pull my strings and I'll go far
Pode não parecer nada, mas aqui tratava-se de uma paródia da canção My Sharona, da banda considerada new wave The Knack. A paródia foi apresentada durante uma premiação da indústria musical americana, e os Dead Kennedys foram também apresentados como "new wave", o que significaria "a nova moda comercial em voga no rock". É necessário dizer que os Kennedys - que tiveram problemas logo na formação da banda, devido ao nome alusivo ao ex-presidente - teriam que apresentar seu "sucesso das paradas", California Über Alles e começaram a fazê-lo de forma bem esdrúxula. Pouco após os primeiros acordes de "California", a banda parou de executá-la, ríspidamente, causando susto e curiosidade na platéia, que teve que ouvir quietinha o que viria a seguir: uma crítica à índústria da música e seus rockstars. Os anos 70 em seus estertores e todos os seus excessos. Os Rolling Stones viraram multimilionários, Elvis também. Elvis morreu. As grandes bandas alugavam aviões e tocavam em estádios. E cobravam caro. Mick Jagger frequentava o jet-set e as discotecas. O rock virou um negócio de grandes proporções. Se havia alguma auto-crítica, a heroína e a cocaína cuidavam disso. A cultura de massas tinha sua trilha sonora.
Num dia recente, eu descolei numa biblioteca, um livro da década de 70, de uns autores franceses - creio que marxistas ( não entendo muito disso ) - em que o tema era o rock da libertadora e rev olucionária década de 60. Tratavam de demontrar o caráter de mercadoria da música, da produção, essas coisas. Foi muito instrutivo.
Os autores desciam o cacete nos Beatles, Rolling Stones, Bob Dylan ( esse então ficou cheio de hematomas ), Frank Zappa, MC5, Stooges. Se me lembro bem, só os Doors obtiveram alguma simpatia dos autores. Acho que é por causa da influência da Literatura e Teatro que a banda tinha, que não os fez correr atrás de alguma pretensão "revolucionária", apenas artística. Sei lá, não saberia explicar.
A questão mais evidente: o rock fez com que os brancos ganhassem dinheiro com a música negra e os negros continuavam se ferrando na América. E as empresas ganhavam os tubos com a "revolução" dos '60 e a guerra. Keith Richards, dos Rolling Stones definiu bem a relação entre as gravadoras e a Guerra do Vietnã: seu selo ( DECCA, se não me engano ) era subsidiária de uma companhia que vendia armas, ou ganhava dinheiro nisso de algum modo. Ou seja: O rock dos anos 60 ajudou a matar os vietnamitas.
Essa é a questão da qual não podemos fugir: os personagens que regem a economia e a produção mundiais estão interligados em uma rede, e não acho que possamos escapar disso.
De qualquer forma, isso é assunto para outra ocasião.
Voltemos aos Kennedys.
A banda - formada por volta de 78, nos EUA, quando os Sex Pistols já haviam sido fulminados e a piada havia perdido a graça - começou no cenário musical californiano, no movimento que ficou conhecido no mundo como "hardcore", uma vertente mais rápida e pesada do punk rock. Mas os Kennedys saíam um pouco da fórmula. "Holiday in Cambodia", sobre as guerras na Indochina e crítica aos yuppies e ao racismo, não faria feio em um disco de space-rock; já"The problem is bigger now" - na qual lamentam a eleição de Ronald Reagan em 1980 e prevêem que o Senhor da Guerra governaria com a Ku-Klux-Klan e a Maioria Moral, e El Salvador estaria fudido e sangrando - é apresentada na forma "jazzística happy-hour style".
O governo e a sociedade americana sempre foram os temas dominantes. A guerra e o yuppismo, a ganância e o racismo, a televisão, a violência policial, a direita religiosa, o sistema educacional ( com seus jocks e quarter-backs ) para formação de gestores com foco em lucratividade, tudo isso foi abordado em suas canções. Se esse comportamento é "anticapitalista", eu não posso dizer, já que também é difícil imaginar um "comunismo" americano ( é que o rótulo "comunismo" é muito abrangente, em termos de Guerra Fria ou caça ao terror ).
A predileção por tais temas não os fazia, digamos, panfletários ingênuos e proselitistas. O sarcasmo e o humor negro davam o tom. As maiores contradições e tragédias da humanidade eram apresentadas como gags. Havia também, percebe-se, uma teatralização da coisa, tipo Alice Cooper. Ou, como quando Edgard Alan Poe descrevia a sensação de horror de "ter sido" enterrado vivo, a história era contada pela visão de uma persona, o ponto de vista do autor da letra devia ser entendido nas entrelinhas.
Bom, tanto comportamento confrontador causou-lhes problemas com a censura, ou dificuldades em se apresentar nos lugares. Claro que, para muitos, ser censurado significa aumentar as vendas. A rebeldia tatuada estudada se compra no Wal-Mart.
Ocorre que nem todos cuidam da carreira e de sua própria segurança. O vocalista, Jello Biafra era - e continua sendo, mesmo após o final da banda em 1986 - o que chamamos de "ativista". A banda se desfez, após um enfrentamento com a Justiça americana, sofrendo um processo por "distribuição de material impróprio a menores". No disco Bedtime for Democracy, de 1985, foi encartado um pôster de um trabalho do artista H.R.Giger, chamado "Penis Landiscape". Uma adolescente comprou um exemplar para presentear o irmão e, segundo consta, foi surpreendido pela mãe enquanto analisava o encarte. A mãe denunciou à Justiça.
Deixa eu encurtar: Jello Biafra, que em 1979 ficou em quarto lugar na eleição para prefeito de São Francisco, era o verdadeiro mentor intelectual "ideológico" da banda. Os outros não levavam isso tão a sério. Logo no início da carreira, seu guitarrista ficou puto com Jello quando este jogou o conteúdo de um copo de cerveja num manager de uma gravadora "major", durante um show. O sujeito estava ali para tentar assinar com a banda e Jello ( proprietário do selo "independente" Alternative Tentacles, que lançava as obras da banda e, depois, de outros artistas que não encontravam lugar na indústria ) estragou o negócio; houve também um assédio da Levi's ( acho que é recente, quando não existia mais a banda ) para que "Holiday in Cambodia" virasse tema de campanha da marca. A Ivete Sangalo ou o Chorão não titubeariam. Mas Jello, coerente, frustrou os planos da empresa e de seus ( ex-? ) companheiros de banda. O radical Clash fechou com a Levi's.
Durante aquele processo judicial, a banda acabou. Do mundo musical e artístico, poucos apoiaram Jello, pois ele e um, acho que gerente de seu selo, é que foram para o banco dos réus. Se bem estou certo, somente Frank Zappa, Iggy Pop e Steve Van Zandt apoiaram e testemunharam a favor do vocalista dos Kennedys. As lojas que, no início, foram acusadas também, pararam de vender os discos da banda. Os EUA viviam uma espécie de caça às bruxas. Havia um grupo de pais que fundara o PMRC ( Parents Music Resource Center ) tendo à frente, a esposa do Senador Albert Gore ( sabem quem é, não sabem? ), a senhora Tipper Gore. Foram acusados por diversas vezes, de difundir o abuso de drogas, a violência, a prostituição, e de corromper a juventude americana, artistas como Michael Jackson, Madonna, Prince, WASP, Bruce Springsteen.
Até onde eu sei, desse período, apenas os Dead Kennedys - ou, mais precisamente, Jello Biafra - foram realmente processados. A banda acabou, o selo Alternative Tentacles faliu e, para ajudar nas despesas e custas processuais, Jello Biafra fundou o No More Censorship Fund. No final, Jello foi inocentado ( viram como processo é uma coisa e condenação é outra, golpistas? ) por um placar apertado: coisa do tipo 5 a 4 ou 4 a 3. Um dos jurados chegou a pedir que Jello autografasse uma cópia do poster proibido. Jello passou a percorrer pelos Estados Unidos, em sindicatos, escolas e universidades, fazendo palestras sobre temas como censura e o processo que sofrera, as guerras, o governo americano, a situação do meio ambiente, o lixo tóxico e nuclear, etc.
Veio a década de 90, Bush pai invade o Iraque, e Jello - que, ao que parece, é filiado ao Partido Verde de Ralph Nader - lança o single "Die for Oil sucker".
Sua gravadora passa a lançar spoken-albuns, contendo discursos de Jello. Hoje em dia, além de música, você encontra à disposição livros e spoken-albuns de Noam Chomsky, Mumia Abu-Jamal ( Pantera Negra no corredor da morte há mais de 20 anos ) , Howard Zinn, Greg Palast, e outros.
Os ex-integrantes da banda processaram Jello e ganharam os direitos da banda. Alegavam que ele não dava os devidos créditos e não pagava o justo. Hoje em dia, após terem embarcado em carreiras irregulares, retomaram a banda, com um nome parecido ( The DK's ) e passaram a se apresentar por aí, em shows de nostalgia, chegando até a tocar no Brasil ( em 1986 teriam vindo ao Brasil, mas a extinção do grupo tornou isso um pouquinho difícil ) .
Só que com um detalhe: o vocalista que chamaram não conhece as letras.
Os novos Kennedys também passaram a comercializar gravações ao vivo, bootlegs que, de acordo com algumas matérias que li, são de péssima qualidade.
Em suma: de uma banda que confrontou a era Reagan, os DK ( ou The DK's ) se tornaram uma paródia caça-níqueis, uns Rolling Stones do punk mais fraudulentos que os Sex Pistols que, com seu karaokê nostálgico, enterram de vez a dignidade que um dia possuíram e que, justamente, os tornou tão interessantes e motivou as pessoas a vê-los e ouví-los na América dos anos 80.
Quando houve aquele quebra-quebra em Seattle, os protestos anti-globalização, e aquilo tudo que horroriza e apavora a Veja e o Estadão, Jello estava lá, se apresentando em um curto show, numa banda que tinha o ex-Nirvana Kirst Novoselic no contrabaixo, formada para essa apresentação.
Porquê eu comecei a falar disso tudo?
É que hoje me bateu uma nostalgia, e eu fui dar uma olhada no site da Alternative Tentacles.
Alguém mandou uma mensagem [ ver abaixo, só que em inglês, apedeutas ] dizendo que, em 2003, os The New Adventures of old Cretins, os The DK's, ou seja lá o nome que for, se apresentavam num lugar e manifestaram seu apoio à invasão americana no Afeganistão. Há também uma nota do próprio Jello ( 03/15/07 : Greedy ex-DKs okay song for rape scene in new Tarantino Movie ), lamentando que os farsantes tenham participado de um filme de Tarantino, fazendo a trilha de uma cena de estupro. A canção executada na cena,"Too drunk to fuck" ( que já havia sido censurada no final da década de 70 ) , apesar do nome forte, satiriza o abuso de álcool. Eu não sei qual filme que é.


March 14, 2003 :
Fake DK's Support Bush's War???
We recently received this letter addressed to "Mr. Biafra" :
"[..]I don't mean to get off on a rant, but I write to you also concerning the DK Kennedy's recent (and, in fact, currently running) tour. I attended the concert myself, along with a few of my friends who, like myself, believe in you and hold great contempt for the falsities and blatant corruption that the DK Kennedys have forced upon fans of the Dead Kennedys. We attended the show at the Norva, in Norfolk, Virginia. We were, to say the least, completely appalled with the entire performance by the DK Kennedys. The opening bands, Project 208 and the Unabombers, were worth the money paid for the tickets (which were $17.50 apiece) but the DK Kennedys sucked a big, rubbery one. The claims of Brandon Cruz seeming to not even know the songs he was singing, and the band being in sore shape, were proven in the first minute of stage time that the corporate sell-outs got.
[..]Cruz made a comment about you that you may not be aware of, roughly that you were a terrorist because you didn't love your country and that you were no better than Osama Bin Laden (at which point my small, ragtag group of friends began chanting "JELLO! JELLO! JELLO! JELLO! JELLO!" so that the band left the stage for a period of five minutes) then came back out and, before continuing with their less-than-sad performance, said quietly "But he has the right to his own opinion". I do honestly believe he was just trying to shut us up, and it didn't work.
[...]Then just before launching into "Holiday In Cambodia", D.H. says "this song goes out to all the U.S. troops overseas in Afghanistan. We support President Bush's actions in Afghanistan."This is about the time when we all looked at each other and said "What? This, from a person who once performed with a band who played a song called "Stars and Stripes of Corruption"?.
[...]
With No Further Ado, Greyson Edwards"
A witness at a more recent concert reported Brandon Cruz giving a "patriotic" speech about "love of country" as an intro to "Kill The Poor".


Abaixo, a letra de "Stars and Stripes of Corruption", de 1985. Veio no álbum em que estava o famoso poster. Eu tenho a impressão de que, o que realmente quiseram censurar ou punir, era essa letra. O poster foi a desculpa para isso.


Stars And Stripes Of Corruption

Dead Kennedys
Finally got to Washington in the middle of the night
I couldn't wait
I headed straight for the Capitol Mall
My heart began to pound
Yahoo! It really exists
The American International Pictures logo
I looked up at that Capitol Building
Couldn't help but wonder whyI felt
like saying "Hello, old friend"
Walked up the hill to touch it
Then I unzipped my pants
And pissed on it when nobody was looking
Like a great eternal Klansman
With his two flashing red eyes
Turn around he's always watching
The Washington monument pricks the sky
With flags like pubic hair ringed 'round the bottom
The symbols of our heritage
Lit up proudly in the night
Somehow fits to see the homeless people
Passed out on the lawn
So this is where it happens
The power games and bribes
All lobbying for a piece of ass
Of the stars and stripes of corruption
Makes me feel so ashamed
To be an American
When we're too stuck up to learn from our mistakes
Trying to start another Viet Nam
Whilke fiddling while Rome burns at home
The Boss says, "You're laid off. Blame the Japanese"
"America's back," alright
At the game it plays the worst
Strip mining the world like a slave plantation
No wonder others hate us
And the Hitlers we handpick
To bleed their people dry
For our evil empire
The drug we're fed
To make us like itIs God and country with a band ( N.do blog: "a bang"? )
People we know who should know better
Howl, "America rules. Let's go to war!"
Business scams are what's worth dying for
Are the Soviets our worst enemy?
We're destroying ourselves instead
Who cares about our civil rights
As long as I get paid?
The blind Me-Generation
Doesn't care if life's a lie
so easily used, so proud to enforce
The stars and stripes of corruption
Let's bring it all down!
Tell me who's the real patriots
The Archie Bunker slobs waving flags?
Or the people with the guts to work
For some real change
Rednecks and bombs don't make us strong
We loot the world, yet we can't even feed ourselves
Our real test of strength is caring
Not the toys of war we sell the world
Just carry on, thankful to be farmed like worms
Old glory for a blanket
As you suck on your thumbs
Real freedom scares you'Cos it means responsibility
So you chicken out and threaten me
Saying, "Love it or leave it"
I'll get beat up if I criticize it
You say you'll fight to the death
To save your useless flag
If you want a banana republic that bad
Why don't you go move to one
But what can just one of us do?
Against all that money and power
Trying to crush us into roaches?
We don't destroy society in a day
Until we change ourselves first
From the inside out
We can start by not lying so much
And treating other people like dirt
It's so easy not to base our lives
On how much we can scam
And you knowIt feels good to lift that monkey off our backs
I'm thankful I live in a place
Where I can say the things I do
Without being taken out and shot
So I'm on guard against the goons
Trying to take my rights away
We've got to rise above the need for cops and laws
Let kids learn communication
Instead of schools pushing competition
How about more art and theater instead of sports?
People will always do drugs
Let's legalize them
Crime drops when the mob can't price them
Budget's in the red?
Let's tax religion
No one will do it for us
We'll just have to fix ourselves
Honesty ain't all that hard
Just put Rambo back inside your pants
Causing trouble for the system is much more fun
Thank you for the toilet paper
But your flag is meaningless to me
Look around, we're all people
Who needs countries anyway?
Our land, I love it too
I think I love it more than you
I care enough to fight
The stars and stripes of corruption
Let's bring it all down!
If we don't try
If we just lie
If we can't find
A way to do it better than this
Who will?
Taí. Jello Biafra, um anacrônico ativista americano dos anos 60, só que em 2007.

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Cuidado quando a palavra "água" vem acompanhada de "importância estratégica" e "segmento industrial". Empreendedores focados em LUCROS discutem o tema

ÁGUA SUBTERRÂNEA TEM IMPORTANCIA ESTRATÉGICA NO SEGMENTO INDUSTRIAL
É fato que a água é um insumo básico à atividade industrial e seu custo pesa cada dia mais no resultado das empresas, do manejo ao uso final, pelos constantes ajustes na legislação ambiental. Por isso, empresas de todos os segmentos, em todas as regiões do país, fazem as contas e se mobilizam na busca de alternativas e soluções para reduzir custos e evitar impactos nas atividades com a falta ou escassez de água. Uma dessas alternativas são os mananciais subterrâneas, que a cada dia estão ganhando importância estratégica para o abastecimento industrial.
Entretanto, é preciso uma utilização adequada deste recurso alternativo, sempre seguindo os procedimentos e cuidados quando da perfuração de poços tubulares, os chamados poços artesianos. A indústria vem se conscientizando dessa necessidade de exploração racional dos mananciais subterrâneos, significativamente mais vulneráveis e de difícil recuperação quando contaminados.
A ABAS – Associação Brasileira de Águas Subterrâneas –, buscando a proteção, controle e preservação desses mananciais, a partir de 2003, desenvolveu um programa de qualificação e credenciamento de empresas de perfuração de poços tubulares e serviços relacionados com esta atividade. Com essa iniciativa, as empresas de perfuração de poços, através de um selo de credenciamento, estão aptas a atuar e forma correta e idônea no atendimento dos usuários que demandam essa fonte de captação d’água.
ENCONTRO NACIONAL PROMOVIDO PELA ABAS
A utilização das águas subterrâneas no segmento industrial é um dos assuntos a serem discutidos no XV ENCONTRO NACIONAL DE PERFURADORES DE POÇOS e o I SIMPÓSIO DE HIDROGEOLOGIA DO SUL-SUDESTE, promovidos pela Associação Brasileira de Águas Subterrâneas – ABAS, que acontecerá em Gramado-RS, de 28 a 31 de outubro próximo. “Água Subterrânea – fonte segura de abastecimento” e “Tecnologia, comercialização e qualidade na construção de poços artesianos”, são temas a serem abordados no evento que pretende contribuir para que a atividade de construção de poços seja mais qualificada e mais dinamizada, tanto a atividade direta como todas as atividades de suporte. Nos debates, além dos aspectos técnico-científicos, serão abordadas todas as implicações da legislação sobre a gestão de águas subterrâneas.
XV Encontro Nacional de Perfuradores de Poços
I Simpósio de Hidrogeologia do Sul-Sudeste
Feira de Produtos e Serviços
28 a 31 de outubro de 2007 – 8h30min às 20 horas
Hotel Serrano – Av. das Hortências, 1480 – Gramado – RSA
Feira é aberta para visitação
Informações: Acqua Consultoria
Fone: (11) 3522.8164
COM MAIS COMUNICAÇÃO – Assessoria de Comunicação
Jornalistas Luís Afonso Rech (Reg.Prof. 5825) e Rita de Cássia Rocha Lopes (Reg.Prof. 8446)Fones: (51) 3341.2058 / (51) 9845.1573 / (51) 9648.1922– E-mail: commais.comunicacao@terra.com.br
Pauta postada em: 29/08/2007

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SIP analisará investigação sobre aliança entre Telefónica e Grupo Abril

29/8/2007
Miami, 29 ago (EFE) - A Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) analisará a intenção de um grupo de deputados de investigar a aliança comercial entre a Telefónica e o Grupo Abril, informou hoje a organização em comunicado.
Em nota, a SIP atribuiu a iniciativa dos deputados a uma tentativa de intimidação devido às denúncias de corrupção contra o presidente do Senado, Renan Calheiros, feitas pela revista Veja.
Em carta enviada ao presidente da Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia, o presidente da SIP, Rafael Molina, e o titular da Comissão de Liberdade de Imprensa e Informação da SIP, Gonzalo Marroquín, expressaram sua preocupação.
Segundo os diretores da SIP, a decisão do Congresso de dar início a uma investigação sobre o Grupo Abril pode ser uma tentativa de represália por parte de Calheiros, envolvido em atos de corrupção denunciados pela Veja.
Em 18 de julho, a Anatel aprovou a aliança comercial entre o Grupo Abril e a Telefónica espanhola, o que permitiria à nova empresa oferecer serviços de TV por assinatura, telefonia e internet banda larga.
Segundo denúncias recebidas pela SIP, as ações no Congresso teriam como objetivo frear e punir "a corajosa investigação e divulgação de diversos escândalos relacionados a políticos e membros de todos os níveis do Governo feita pela Veja".
De acordo com as denúncias, o Grupo Abril "vem sofrendo pressões políticas, justamente sobre a aliança realizada com a Telefónica em outubro de 2006".
O deputado Wladimir Costa (PMDB-PA) apresentou na Câmara um pedido para que a negociação entre o Grupo Abril e a Telefónica seja investigada.
Na carta ao Congresso, Molina, diretor do jornal dominicano El Día, e Marroquín, diretor do Prensa Libre, da Guatemala, disseram que, "à margem das denúncias e do poder do Congresso nacional de revisar acordos contratuais e comerciais, a SIP quer informar que observará atentamente o processo de investigação e seus resultados".
"Esperamos que não sejam violados princípios que possam restringir o livre fluxo de informação e o direito do público a receber informação", acrescenta a mensagem.

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Salete Lemos critica Paulo Markun

do Comunique-se
29/8/2007
“Paulo Markun não tem interesse no bom jornalismo”. Salete Lemos deixou a TV Cultura em julho passado e se isolou, segundo a própria, por um curto tempo, chateada com a demissão – o anúncio de sua saída da emissora deu-se durante as férias da jornalista. A apresentadora e âncora conta que sua saída aconteceu ao mesmo tempo em que a Febraban (Federação Brasileira de Bancos) a procurou para pedir uma retratação a um comentário que ela fez no Jornal da Cultura sobre os bancos (assista ao vídeo no pé da matéria).
“A Febraban me procurou. Perguntei se passei alguma informação improcedente. Não ia me retratar já que elas procedem”, disse ao Comunique-se.
Salete apresentou uma matéria sobre o Plano Bresser e acusou os bancos de enriquecimento ilícito e de sonegar extratos.
Independência editorial
A jornalista credita sua demissão a uma possível pressão da Febraban – ela mencionou o Bradesco como patrocinador do Jornal da Cultura, mas o departamento de comunicação da emissora informou que o patrocínio vem do Banco Real.
“Não sei o que a elite e o poder esperam dos jornalistas. Ou todos os jornais estão vendidos ou não sei o que está se passando. Não há qualidade, nada que dê respaldo a crítica. Está complicado trabalhar. A independência editorial que eu aprendi a fazer com o Boris [Casoy] por 12 anos, a crítica, a conscientização, nada disso é feito. Estou perdida no mercado. Preciso ir para a Argentina”, disse, lembrando também de sua saída da Record com Casoy em dezembro de 2005 – críticas do jornalista ao governo Lula teriam colaborado para sua demissão da Record.
À procura de trabalho
Até o momento não apareceu nenhuma proposta de trabalho para Salete. Mas ela colaborou com o último programa da Hebe, no SBT, ao responder perguntas do público sobre decisões do governo que afetam o bolso dos consumidores. “Da primeira vez que fui ao programa, Hebe disse por três vezes que vou trabalhar com ela. Três dias depois a produção dela me ligou convidando para fazer essa participação. Recebi um cachê, mas não tenho nada assinado com o SBT. Mas sempre que ela me chamar, estarei lá”.
Críticas a Markun
Quando apresentava o Jornal da Cultura, a estrutura era reduzida. Eram cinco editores produzindo o conteúdo do telejornal. “O jornal dava três pontos no Ibope. Nunca nos deixamos abater pela pouca estrutura da emissora”.
Ela critica Paulo Markun, presidente da Fundação Padre Anchieta, dizendo que não entende a gestão do colega de trabalho. “Ele mudou tudo, demitiu todos os jornalistas da rádio, outros da TV. Hoje o Jornal da Cultura está totalmente descaracterizado”.
Markun, no lançamento do
DocTV Iberoamérica, comentou que o jornalismo da emissora passa por uma reformulação para aumentar o espaço para análises e debate, "e a Salete foi dispensada dentro deste projeto, que envolverá uma série de modificações. Nem li essa notícia". Questionado se o projeto envolve mais demissões, o jornalista respondeu com um "Não sei".
Febraban e TV Cultura
O superintendente de comunicação da Febraban, William Salasar, confirma que procurou Salete pedindo que se retratasse. Ele nega qualquer pressão na TV Cultura pedindo a demissão da apresentadora. “Ela falou de apropriação indébita, fez calúnias. No caso do Plano Bresser, a questão nem foi julgada e ela já condenou os bancos, o que não é jornalisticamente correto”, respondeu.
Salasar conta que Salete concordou em incluir na pauta uma entrevista com um porta-voz da Febraban quando voltasse de férias, o que não aconteceu. “Ficamos sem matéria”, lamenta.
“A rescisão de contrato da Fundação Padre Anchieta com Salete Lemos não teve relação com nenhum comentário que a jornalista tenha feito na apresentação do Jornal”, limitou-se a dizer a
Comunicação da Cultura.

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INFORMATIVO SINPEEM - PARALISAÇÃO

Categoria pressiona o governo e marca nova paralisação para 14 de setembro
29/08/2007 – Mais de quatro mil profissionais de educação participaram nesta quarta-feira da manifestação e assembléia geral da categoria, em frente à Secretaria Municipal de Gestão, para pressionar o governo a atender às reivindicações entregues no primeiro trimestre deste ano.
Em reunião na Secretaria Municipal de Gestão (SMG), o governo respondeu à Diretoria do Sinpeem que não há, neste momento, nenhuma proposta de reajuste, reposição das perdas e aumento real. A incorporação de gratificações, como reivindicamos, só será debatida durante o processo de reestruturação da carreira.
PROPOSTA DO GOVERNO
Com a proximidade da realização da nossa manifestação para pressioná-lo, o governo, que sequer havia encaminhado para a Câmara Municipal o “pacote de benefícios”, anunciado em junho, se adiantou, numa clara tentativa de esvaziar o ato público, em nota à imprensa divulgou que tudo será encaminhado nesta quinta-feira, 30 de agosto. Assim, os projetos que dispõem sobre a concessão do auxílio-alimentação, com valor mensal de R$ 190,00, que deve ser pago a todos os servidores na ativa que ganham até cinco salários mínimos; de isenção da contribuição mensal de 3% para o Hospital Servidor Público Municipal (HSPM) e de outras gratificações, que poderão ser concedidas a partir de 2008 serão encaminhados para votação, conforme reafirmado na mesa de negociação.
Como visto, mais uma vez nossa pressão surtiu efeito.
O SINPEEM solicitou as minutas destes projetos e foi informado de que eles só serão liberados para o sindicato depois de enviados à Câmara, numa demonstração clara de que não está disposto a mudar seu posicionamento.
Somos contra esta política cruel de concessão de gratificações, que exclui aposentados e readaptados, não aceitamos discriminação e lutaremos para que todos os profissionais de educação sejam beneficiados.
REESTRUTURAÇÃO
Segundo a equipe de negociação da Secretaria Municipal de Gestão, a proposta de reestruturação não foi apresentada na primeira quinzena de agosto, conforme haviam anunciado, porque houve um atraso nos estudos técnicos que vêm sendo realizados. Agora, o governo garante que assim que o documento for concluído será apresentado às entidades sindicais que representam os servidores da Educação.
Na próxima segunda-feira, dia 3 de setembro, a Secretaria Municipal de Educação realizará reunião com o SINPEEM e tudo indica que a proposta será apresentada pelo secretário. Imediatamente, analisaremos e divulgaremos para toda a categoria, continuando o nosso trabalho de organização e mobilização em defesa dos nossos direitos.
DISPENSA DE PONTO
Para que tenhamos a possibilidade de debater com a categoria a proposta de reestruturação que o governo promete apresentar ao SINPEEM antes de enviar à Câmara, reivindicamos a dispensa de ponto de dois dias: um para a realização de uma reunião extraordinária de representantes sindicais e outro para que o assunto possa ser debatido nas unidades, com a suspensão das atividades.
Também solicitamos o pagamento dos quatro dias parados para a realização dos nossos atos públicos realizados em 25 de abril, 23 de maio, 13 de junho e 29 de agosto, mediante reposição.
A equipe de negociação disse que o governo estudará estas reivindicações.
CONTINUIDADE DA LUTA
Diante da posição do governo, os profissionais de educação decidiram, em assembléia geral, realizar uma nova manifestação, com paralisação, no dia 14 de setembro. A categoria não descarta a possibilidade de greve
Até esta data, vamos realizar reuniões regionais para mobilizar toda a categoria. Somente com união e força conseguiremos derrotar o governo.
Vamos continuar lutando em defesa e ampliação dos nossos direitos e reivindicações. Queremos aumento real e reposição das perdas salariais, incorporação do maior valor da Gratificação de Regência (R$ 450,00) paga aos docentes, melhores condições de trabalho, redução do número de alunos por sala de aula, isonomia entre ativos e aposentados, ampliação da rede física, concursos públicos para todos os cargos, fim das terceirizações e privatizações, revogação da Portaria que trata da redução dos módulos do quadro de apoio nas unidades escolares, valorização dos profissionais, entre outras reivindicações.
PARALISAÇÃO, MANIFESTAÇÃO E ASSEMBLÉIA GERAL DIA 14 DE SETEMBRO, ÀS 14 HORAS – RUA LÍBERO BADARÓ, 425, CENTRO (EM FRENTE À SECRETARIA MUNICIPAL DE GESTÃO)
PARTICIPE! CATEGORIA UNIDA, SINDICATO FORTE!
A DIRETORIA
CLAUDIO FONSECA
Presidente


[ N. do Blog ]: Não sou professor, sou comerciário e apóio os docentes em suas exigências. Chega de Apagão Educacional Continuado.

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Paulo Lacerda assume o comando da Abin

Sob nova direção
Lacerda troca Polícia Federal por chefia da Abin
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Justiça, Tarso Genro, confirmaram na quarta-feira (29/8) que, depois de quatro anos e meio no comando da Polícia Federal, o diretor geral Paulo Lacerda deixará o cargo para assumir, na segunda-feira, o comando da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). No mesmo dia, o secretário nacional de Segurança Pública, Luiz Fernando Corrêa, tomará posse na direção da PF.
Auxiliares do presidente anunciaram a ida de Lacerda para a Abin depois de o diretor da PF participar de uma reunião no Palácio do Planalto com Lula, Tarso Genro e Luiz Fernando Corrêa. A reportagem é do jornal O Globo.
Durante o encontro, Lula disse que gostou muito do trabalho de Lacerda à frente da PF e quer ver o sucesso da instituição se repetir na Abin, um dos órgãos mais complicados da administração federal. A substituição do atual diretor, Márcio Buzanelli, por Lacerda deverá diminuir o controle militar sobre a Abin, informa a reportagem.
“O presidente disse que quer dar uma cara nova à Abin” afirmou Lacerda. Lula e Tarso decidiram fazer o convite a Lacerda na semana passada. Mas só na quarta-feira (29/8), um dia após o jornal O Globo antecipar a informação, os dois resolveram formalizar a proposta ao diretor da PF.
De acordo com a reportagem, Lula está descontente com a Abin desde 2005. Lacerda, que estava no Rio Grande do Sul, foi chamado às pressas para uma reunião no Palácio do Planalto, no fim da tarde.
Pouco depois, deixava a reunião já como futuro diretor da Abin. O ministro do Gabinete de Segurança Institucional, Jorge Félix, novo chefe de Lacerda, aguardou o desfecho da reunião fora do gabinete do presidente.
De hoje (quarta-feira) até segunda-feira, Lacerda deverá fazer ume estudo pormenorizado sobre a estrutura e o cenário que encontrará na Abin. Profundo conhecedor do sistema de inteligência brasileiro, o delegado sabe que a agência precisa de um novo impulso.
“Vou tentar levar recursos e dar meios para a Abin realmente funcionar. Estou otimista. Acho que teremos condições de imprimir um bom trabalho lá”, disse Lacerda.
O diretor considera importante também aumentar a colaboração entre a PF e a Abin. Os instrumentos legais de investigação da agência são considerados extremamente precários.
Por lei, a Abin não pode nem mesmo fazer interceptações telefônicas ou escutas ambientais. Lacerda acha que pode contornar as dificuldades com o intercâmbio de informações com a PF. Ele e Luiz Fernando Corrêa mantêm relações cordias.
Segundo a reportagem, logo depois do encontro com o presidente, os dois estabeleceram a aproximação das duas instituições como uma das metas prioritárias.
O presidente está descontente com a Abin desde o escândalo dos Correios, em 2005. A agência, que estava investigando fraudes na estatal, não alertou Lula sobre o caso que, logo depois, se transformaria no maior escândalo do governo.
A Abin também não preveniu o presidente sobre as vaias que ele sofreria na abertura dos Jogos Pan-Americanos do Rio, mês passado. A ida de Luiz Fernando Corrêa para a PF deverá resultar numa diminuição substancial da divulgação de informações sobre as grandes operações policiais de combate à corrupção.
O novo dirigente da PF
O Novo diretor da PF é gaúcho como o ministro Tarso Genro. Corrêa entrou na PF em 1980, como agente. Em 1996, passou no concurso de delegado. Desde 2004, ele comanda a Secretaria Nacional de Segurança Pública, setor central do Ministério da Justiça.
Como secretário nacional, coube a Corrêa comandar todo o esquema de segurança do Pan, tarefa até então solicitada pelo Exército. Corrêa foi chamado para a Secretaria de Segurança Pública depois de investigar o envolvimento de políticos, entre eles o ex-governador do Distrito Federal Joaquim Roriz com irregularidades na ocupação e venda de terras públicas.
Corrêa foi indicado para o cargo por líderes do PT em Brasília. O delegado é também ligado aos sindicatos de policiais federais.
Revista Consultor Jurídico
30 de agosto de 2007

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Cabo eleitoral pagava por voto em deputado de partido da base aliada de Serra!!!

Cabo eleitoral
Eleitor é condenado pelo TRE-SP por compra de votos

O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo condenou por compra de votos o eleitor Raimundo Nonato da Silva, do município de Itatiba (SP). A pena é de prestação de serviços à comunidade. Cabe recurso ao TSE.
No dia das eleições (1º de outubro de 2006), Nonato ofereceu e prometeu a diversos eleitores R$10 em troca de votos ao deputado federal Arnaldo Jardim, deputado estadual David Zaia e à candidata a deputada estadual, não eleita, Marina Bredariol. Eles eram filiados ao PPS.
A Representação foi proposta pelo Ministério Público Eleitoral e a decisão condenatória, por maioria de votos, reforma parcialmente sentença do juiz eleitoral de Itatiba. Na primeira instância, Nonato foi condenado a cinco anos de reclusão. O juiz tinha condenado outros dois cabos eleitorais, que foram absolvidos pelo Tribunal.
Segundo o artigo 299 do Código Eleitoral, é crime dar, oferecer, prometer, solicitar ou receber dinheiro ou qualquer vantagem em troca de votos para si ou para alguém.
Revista Consultor Jurídico
29 de agosto de 2007

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Paranaguá absorve parte da exportação de suco de laranja do Porto de Santos

A edição desta quarta-feira (29) do jornal Gazeta Mercantil destaca que o Porto de Paranaguá está atraindo cargas do Porto de Santos (SP). Segundo o jornal, o terminal paranaense já tinha absorvido parte da importação e exportação de veículos do porto paulista, agora, produtores de suco de laranja escolheram Paranaguá para escoar a produção. As empresas paranaenses Corol, Cocamar e Citri já retiraram a movimentação de Santos e a previsão é que 720 contêineres com tonéis de suco saiam pelo Porto de Paranaguá neste ano. Abaixo, a íntegra da reportagem:
Cresce embarque de suco por Paranaguá
Depois de retirar parcelas importantes da movimentação do Porto de Santos, como a importação e exportação de automóveis, o Porto de Paranaguá quer repetir a estratégia em outro importante setor: o suco de laranja. No terminal paranaense, os tonéis de suco concentrado são acondicionados em contêineres apropriados para a operação e a expectativa do departamento comercial do Terminal de Paranaguá (TCP) é que dos 500 contêineres enviados ao mercado externo em 2006, este ano alcance às 720 unidades, quase 50% mais. Atualmente, o Porto de Paranaguá exporta a produção das paranaenses Corol, Cocamar e Citri. Das 18 mil toneladas de suco de laranja que deverão ser embarcadas este ano, 7 mil toneladas serão enviadas pela Corol, instalada há 43 anos no município de Rolândia, distante 500 quilômetros de Paranaguá. A indústria iniciou no mês passado a exportação de suco concentrado pelo terminal paranaense e seu produto será destinado aos mercados da Europa, que são a Alemanha, a Suíça e a Holanda, além de Israel, segundo a empresa. Para atender principalmente o mercado externo, a Corol instalou em 2001 moderna planta industrial para a fabricação de suco. A previsão para esta safra é de colher 2,2 milhões de caixas numa área plantada que supera 4,3 mil hectares. Mais de 200 citricultores participam desse projeto em 45 municípios do norte do Paraná. O aumento da movimentação por Paranaguá acontecerá mesmo com a esperada queda nas exportações de suco de laranja do Brasil. Segundo a Associação Brasileira dos Exportadores de Cítricos, as exportações do produto já registram uma queda de 12% neste ano. Os preços do suco de laranja congelado e concentrado atingiram seu limite de queda na última semana no mercado futuro da Bolsa de Nova York. Segundo a Abecitrus, o contrato para entrega em setembro, mais negociado, recuou 7,56% - menor nível em sete semanas. Segundo a Abecitrus, a queda foi influenciada pelo relatório do Usda que estimou a colheita da Flórida de 200 milhões de caixas, ante apenas 129 milhões no ciclo anterior. Analistas previam produção máxima de 175 milhões de caixas. Conforme a Abecitrus, como os Estados Unidos se dedica a abastecer o seu mercado interno, o Brasil transformou-se no maior exportador mundial de suco de laranja, atendendo hoje cerca de 50% da demanda e 75% das transações internacionais. (Fonte: Gazeta Mercantil/ Caderno C - Pág. 7 - Norberto Staviski)

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Senado aprova aumento do FPM


O Senado Federal aprovou nesta quarta-feira (29) a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 75/07, que aumenta os recursos destinados ao Fundo de Participação dos Municípios (FPM). O FPM, hoje composto por 22,5% da arrecadação total da União com o Imposto de Renda (IR) e o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), passa, com a PEC, a receber 23,5% de ambas as arrecadações. Estima-se que o aumento dará mais R$ 1 bilhão ao FPM.
A matéria, que altera o artigo 159 da Constituição federal, teve parecer favorável aprovado pela manhã na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), a partir de relatório apresentado pelo líder do governo, senador Romero Jucá (PMDB-RR). Para sua aprovação no Plenário, houve acordo de líderes tanto para realizar, em seqüência, as cinco sessões extraordinárias para discussão e votação em primeiro turno; a quebra de interstício de três dias entre o primeiro e o segundo turno; e a realização, também em seqüência, de três sessões de discussão em segundo turno, para que então a votação pudesse ser concluída.
29/08/2007

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quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Mídia achaca o STF violando comunicação entre ministros

Segundo a mídia reacionária, é lícito violar a correspondência alheia, publicar conversas pessoais à revelia dos interlocutores e espionar a vida dos outros. Diante do episódio em que as telas de computador de dois ministros do STF foram fotografadas, alguns hipócritas filosofaram que “foi num local público, numa sessão pública”. Imaginemos que a vítima fosse o Civita, ou um dos Marinho, ou qualquer outro soba da mídia. É óbvio que esses hipócritas pulariam como chihuahuas no cio, gritando contra a indignidade feita a um dos seus donos.
A correspondência eletrônica entre os ministros Ricardo Lewandowski e Carmem Lúcia Rocha não fazia parte da sessão pública do STF. Nenhum dos dois autorizou que seus computadores fossem fotografados – ou foi avisado de que tal estava acontecendo. E o conteúdo da correspondência eletrônica foi divulgado, no melhor estilo da velha “Escândalo” e outras publicações de mesmo coturno, com a intenção torpe da intriga e da chantagem, em meio a um julgamento de um caso que é uma criação da própria mídia.
O presidente nacional da OAB, Cezar Britto, tem inteira razão ao falar que “o Brasil não pode virar um imenso Big Brother. Não será surpresa se começarem a colocar grampos nos confessionários para violar o segredo religioso da confissão”. Realmente, esse é o modelo do jornalismo marrom – o voyeurismo, nesse caso com interesse político. O presidente da OAB foi direto ao ponto ao dizer que “conversas serem violadas por meio de fotografias à tela dos computadores é algo tão inaceitável quanto colocar grampo entre os magistrados e advogados para capturar o teor de suas conversas”.
Realmente, não há diferença entre colocar um grampo e fotografar ocultamente os computadores pessoais, revelando a correspondência. É óbvio que a obtenção e publicação de comunicações pessoais sem autorização têm o mesmo estatuto legal de crime, para não falar em seu estatuto moral.
Portanto, a argumentação dos filósofos acima citados se traduz, e se resume, ao seguinte: a mídia pode fazer qualquer coisa, pode violar qualquer lei, com o direito sagrado de impunidade. Aliás, só as suas vítimas é que cometem crimes, a mídia está acima das leis.
No entanto, não está. E eles sabem disso – daí, exatamente, a sua pretensão à impunidade total e geral: porque sabem que estão cometendo crimes. Tanto sabem que passaram a se defender, ora alegando que a violação foi em prol dos mais elevados interesses públicos, ora, como na última “Veja”, que as mensagens interceptadas não têm maior importância.
No entanto, por falar em “Veja”, era essa malta que estava acusando o governo de grampear o STF. No último número da revista dos Civita há um trecho hilário, em meio às recalcitrantes - e sem provas – acusações de que o governo mandou a PF grampear os ministros do STF: “Instantes depois de avisar ao procurador que mandaria soltar alguns presos, o ministro [Gilmar Mendes] recebeu um telefonema de uma jornalista. Ela queria saber se iria mesmo soltar os presos. O ministro, então, perguntou ao procurador se ele havia comentado o assunto com alguém. A resposta foi negativa. O magistrado concluiu que estava sendo monitorado”.
O ministro teria todas as razões para concluir que estava sendo grampeado pela imprensa. Mas, segundo a “Veja”, isto é um indício de que a PF estava grampeando o ministro. Se a história é verdadeira, não sabemos. Nós é que não vamos botar a mão no fogo pelas histórias da “Veja”, que não somos doidos. Mas o fato é que o único grampo comprovado foi o que surgiu em seguida – a violação das mensagens dos ministros Lewandowski e Carmem Lúcia. E não foi o governo nem a PF que o fizeram.
Nas mensagens, os ministros trocam impressões pessoais sobre o caso em pauta, o que foi suficiente para que surgissem com manchetes de que eles “combinavam” sentenças. Como se ministros do STF não trocassem, e não pudessem trocar, idéias sobre os casos que têm de julgar. Arrumaram até um sujeito para argüir que o “princípio da incomunicabilidade” teria sido ferido.
Como juristas esclareceram, o citado princípio não quer dizer que um ministro não pode se comunicar com outro, nem que ele não possa trocar opiniões com seus pares – tal como fazem os médicos, os engenheiros, os pedreiros, os torneiros-mecânicos e qualquer profissional que não seja um charlatão ou um esquizofrênico. O citado princípio significa apenas que os ministros não podem acertar as sentenças antes dos julgamentos. E disso não há sinal nas mensagens – tal atividade é própria do Civita e da Telefônica, antes das assembléias da TVA (v. pág. 2).
Em segundo lugar, a acusação de que os ministros estariam fazendo uma “política de grupo”, ao comentar a escolha do novo membro do STF. Parece até que trata-se de assunto alheio a eles. É natural que os ministros preocupem-se com a composição de sua instituição. Basta ver a Corte Suprema dos EUA, onde os juízes nomeados pelos Bush fizeram aquele tribunal regredir 50 anos, acabando com a integração racial nas escolas e estabelecendo aberrações como a chamada doutrina Scalia-Rehnquist (“a inocência não suspende a pena”, ou seja, comprovado que um condenado é inocente, isso não é motivo para a sua liberdade).
O resto, são tiradas de humor, e observações em estilo coloquial. Mas a violação dessas comunicações serviu para que a mídia tentasse fomentar a intriga entre os membros do STF – e com o objetivo de fazer o tribunal máximo do país coonestar a sua invenção golpista, o conto do mensalão. No entanto, nunca ficou tão claro o caráter fascista dessa mídia, que não tem o mínimo respeito nem pelo Judiciário – o que já se sabia quanto ao Legislativo e ao Executivo. Mas, quem não tem, por si mesmo, respeito, necessita que esse respeito lhe seja infundido.
CARLOS LOPES
29/08/07

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“Pilotos” do Legacy fogem de prestar depoimento e serão julgados à revelia

O juiz federal Murilo Mendes, da Vara de Sinop, no Mato Grosso, determinou na segunda-feira (27) que os pilotos norte-americanos Joseph Lepore e Jan Paul Paladino sejam julgados à revelia. Nenhum dos dois compareceu à primeira audiência brasileira nem pretendem estar presentes no processo que apura o acidente do jato Legacy com um Boeing da Gol em setembro de 2006.
De acordo com o procurador da República Thiago Lemos de Andrade a ausência dos dois norte-americanos não influenciará no andamento do processo. “A ausência, no entender o Ministério Público, não interfere no prosseguimento da ação. O interrogatório é um ato defensivo e cabe ao acusado decidir se pretende ou não se defender por meio dele. Na visão do Ministério Público o que ocorreu aqui foi uma recusa de prestação de depoimento”, disse.
Na denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal à Justiça eles são indiciados por “atentado contra a segurança de transporte aéreo”. As investigação da CPI do Setor Aéreo e da Polícia Federal apontaram que o transponder do Legacy - um dispositivo de comunicação eletrônico que complementa o sistema de localização da aeronave durante o vôo - estava desligado antes da aeronave se chocar contra o avião da Gol. Na tragédia, ocorrida em setembro do ano passado em uma fazenda no Norte do Mato Grosso, todas as 154 pessoas a bordo do avião da companhia brasileira morreram. A denúncia foi aceita em junho, e o depoimento estava marcado para acontecer na cidade matogrossense.
A defesa de Lepore e Paladino solicitou ao juiz que fossem ouvidos nos Estados Unidos. “Em território estrangeiro o juiz brasileiro não tem jurisdição, ou pelo menos não a tem plenamente como convém a um agente investido de poderes estatais para solucionar conflitos de interesse”, respondeu o magistrado ao negar o pedido. Além disso, “o réu deve vir ao juiz, não o juiz ir ao réu”, completou Mendes em repúdio ao descaso dos pilotos estadunidenses.
Lexi Hazam, que representa famílias de vítimas do acidente com o Boeing da Gol, também critica a tentativa dos pilotos de serem interrogados nos Estados Unidos. Para ela, o depoimento não teria a mesma validade se ocorresse fora do Brasil. “Julgamos inteiramente inadequada a sugestão de que seria adequado dar testemunho a partir dos Estados Unidos, em vez de perante o júri e do público do Brasil”, assinalou Hazam, que está movendo uma ação civil em um tribunal nova-iorquino contra a ExcelAire, proprietária do jato Legacy.
29/08/07

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Mensalão: Queixa aceita, agora SÓ faltam as provas e a investigação. Calma, golpistas.




Juízes aceitam processo, mas cobram provas de procurador
“Com o que foi apresentado aqui, certamente não haverá condenação”, advertiu o ministro do STF, Eros Grau
Depois do alarido da mídia golpista para abertura de processo contra integrantes do Partido dos Trabalhadores e dos outros membros da base aliada do governo, no caso Marcos Valério, o Supremo Tribunal Federal (STF) resolveu abrir a discussão jurídica sobre o assunto.
PROVAS
O tribunal aceitou a denúncia do procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza [ Nota do Blog: reempossado por Lula, recentemente, aliás ], contra os líderes petistas por uma suposta prática de “corrupção ativa”. Na opinião dos ministros do STF, com a abertura do processo, o procurador terá agora a obrigação de apresentar as provas que ainda não apresentou.
Não se está discutindo o mérito, argumentaram. A discussão agora é se é aceita ou não a denúncia. Portanto, como não era necessário entrar no mérito, o STF decidiu aceitar a denúncia. O que significa que o STF terá que ouvir o depoimento de 40 réus. O procurador apresentará mais 40 testemunhas para serem ouvidas. Cada réu tem direito a apresentar 8 testemunhas. Se todos fizerem uso desse direito, como é quase certo, isso significará mais 320 depoimentos a serem tomados. Ou seja, a perspectiva é que serão necessárias 400 oitivas. Com mais todos os ritos, cartas-precatórias, recursos, questões de ordem e procedimento, vários juristas afirmam que, simplesmente, o processo corre o risco de não chegar ao fim, ou seja, de prescrever antes do julgamento.
Evidentemente, o procurador sabia disso ao fazer sua mal fundamentada denúncia. Mas esse risco de prescrição é uma consequência direta da forma como essa denúncia foi feita.
Porém, mesmo que levados a julgamento, os prognósticos são de que não haverá condenações. Portanto, a aceitação da abertura de processo, efetivamente, serve mais para que a mídia deixe, por algum tempo, de aporrinhar os membros do nosso tribunal máximo, do que para qualquer outra coisa.
O ministro Eros Grau foi quem melhor expressou a opinião corrente entre os ministros do STF: “Já que a discussão é apenas se aceita ou não a denúncia, vamos aceitá-la, mas, com o que foi apresentado aqui, certamente não haverá condenação”, disse. Outros ministros expressaram opinião semelhante.
É certo que, no STF, variam as avaliações sobre o prazo para o desfecho final. Alguns avaliam que o processo terá uma duração de no mínimo dez anos. Mas há quem fale em mais tempo. As afirmações de alguns de que em três anos o processo estaria terminado são consideradas fora da realidade pela maioria dos juristas. De qualquer maneira, os ministros devolveram a batata quente para o procurador. Ele agora tem de provar o que até agora apenas afirmou - e afirmou repetindo a mídia. A peça de acusação, como disseram os advogados de defesa, é pura ilação, é uma mera repetição das manchetes dos jornais e revistas publicadas em 2005 e 2006, no auge da histeria contra Lula e o PT.
Os juízes Carlos Brito, Carmen Lúcia, Celso de Mello e Ricardo Lewandowski fizeram questão de registrar que ao aceitar a denúncia na sessão de segunda-feira não estavam decidindo o mérito da questão. Segundo eles, mesmo sem consistência, a acusação deveria ser aceita para que os réus pudessem ter amplo direito de defesa.
Muitos dos integrantes do STF afirmaram em seus votos que as atividades de José Dirceu consideradas “suspeitas” pelo procurador, como, por exemplo, reunir lideranças de partidos e centralizar nomeações de cargos do governo são atividades perfeitamente normais e afeitas à função que ele exercia à frente do governo na época. Que o fato de sua ex-esposa ter trabalhado no Banco BMG não caracterizaria envolvimento seu com esta empresa. O próprio relator Joaquim Barbosa disse que este fato dificilmente revelaria um vínculo de Dirceu com o banco.
Outro que também tem a convicção de que não haverá condenações no processo hora iniciado é o advogado José Luiz Mendes de Oliveira. Ele declarou na segunda-feira, após a decisão do STF de aceitar a denúncia contra seu cliente, que não tem a menor dúvida que José Dirceu será absolvido. Segundo avaliou José Luiz, “a peça de acusação foi seduzida pelos holofotes da mídia”. “Ela é fruto da imaginação do procurador, uma peça de ficção, sem a menor base na realidade”, avaliou.
A fragilidade ficou evidente no argumento usado contra o ex-deputado e ex-ministro José Dirceu. Para pedir a abertura do processo contra Dirceu, por corrupção ativa, ele apresentou como “indício” o depoimento de Roberto Jefferson. E nada mais além disso. Mas Jefferson foi cassado por mentir aos seus pares da Câmara Federal exatamente sobre essa questão.
O ministro Ricardo Lewandowski também questionou a acusação do procurador de que teria havido formação de quadrilha por parte de lideranças políticas e de ex-integrantes do governo. Para ele, a peça de acusação não reuniu provas suficientes para enquadrar os acusados neste crime. Já a ministra Carmem Lúcia chamou a atenção para o fato de que a acusação estaria atingindo indiscriminadamente os partidos políticos. Ela ressaltou que é necessário ter cuidado com isso. Para ela, os partidos políticos são instituições importantes para a consolidação da democracia no Brasil.
ACUSADOSO STF também aceitou a acusação aos deputados José Genoino (PT-SP), João Paulo Cunha (PT-SP) e Paulo Rocha (PT-PA). Os ex-deputados federais petistas Professor Luizinho (SP) e João Magno (MG) e o ex-ministro Luiz Gushiken. Foram abertas até agora (segunda-feira) ações penais contra 37 dos 40 acusados.
29/08/07

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O Brasil Privatizado, de Aloysio Biondi: Clássico!!!

Brasil privatizado, O
Um balanço do desmonte do Estado
Sinopse
Como se construiu o mito das privatizações? Quais os grupos beneficiados? Por que o Brasil ficou mais pobre depois delas? Um dramático balanço - fartamente documentado - dos resultados que a política de privatização deixou para o país na área social e econômica. Indicado para o Prêmio Jabuti 2000.
Trecho disponibilizado no site:
"Compre você também uma empresa pública, um banco, uma ferrovia, uma rodovia, um porto etc. O governo vende baratíssimo. Ou pode até doar. Aproveite a política de privatizações do governo brasileiro. Confira neste livro os excelentes negócios que foram e estão sendo feitos à custa do patrimônio público. Por exemplo, antes de vender as telefônicas, o governo investiu 21 bilhões de reais no setor, em dois anos e meio. Vendeu tudo por uma "entrada" de 8,8 bilhões de reais ou menos – porque financiou metade da "entrada" para grupos brasileiros. Na venda do Banco do Estado do Rio de Janeiro (Banerj), o "comprador" pagou só 330 milhões de reais e o governo do Rio tomou antes um empréstimo dez vezes maior, de 3,3 bilhões de reais, para pagar direitos trabalhistas. A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) foi comprada por 1,05 milhão de reais, dos quais 1,01 milhão de reais em "moedas podres" – vendidas aos "compradores" pelo próprio BNDES ( Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social ), com financiamento de 12 anos para pagar. Assim é a privatização brasileira: o governo financia a compra no leilão, vende "moedas podres" a longo prazo, financia os investimentos que os "compradores" precisam fazer – até a Light recebeu empréstimo de 730 milhões de reais no ano passado. E para aumentar os lucros dos futuros compradores o governo "engole" dívidas bilionárias, demite funcionários, investe maciçamente e até aumenta tarifas e preços antes da privatização. Aproveite você também."
Brasil privatizado II, O O assalto das privatizações continua
Sinopse

Coletânea de artigos do mais independente jornalista econômico brasileiro, falecido em julho de 2000. Traz novas análises e informações sobre os escândalos das privatizações, principalmente nas áreas de petróleo, energia e bancos.

Para comprar:
Editora Fundação Perseu Abramo







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