sábado, 31 de maio de 2008

Jaz São Paulo: Metrô demole casa, apesar de proprietária não ter recebido um centavo de indenização!!!

Mais uma vez, sou obrigado a reproduzir matérias do combativo jornal de bairro Folha de Vila Prudente já que, se depender do imprensalão, o que acontece nos bairros, fica nos bairros. Exceções são exceções. Inicialmente, ofereceram 59 cruzeiros como indenização, mas este valor já não compra nem um quarto e cozinha na favela da região. Já que os miliardários especuladores imobiliários estão destruíndo a "qualidade de vida" na cidade, mas ficando com o là creme.

FOLHA DE VILA PRUDENTE
Edição 835, 30.05 a 05.06.08
O endereço rua Amparo, 521, não existe mais. A residência que ficava neste exato ponto, bem como as vizinhas, já foram colocadas abaixo em prol do prolongamento da Linha 2-Verde do Metrô. Agora, na esquina das ruas Amparo e Tomaz Izzo, onde ficava a antiga casa, há apenas um imenso terreno. No entanto, engana-se quem pensa que imóvel demolido é sinônimo de proprietário indenizado (mesmo que o valor não seja o esperado ou justo). A viúva Leonidia Cardoso Bargas, de 78 anos, viu seu imóvel sumir do mapa há alguns dias, sem receber absolutamente nada da Companhia do Metropolitano de São Paulo – Metrô. Quando tenta obter uma informação, ouve apenas que "depende do juiz".
Leonidia conta que a antiga propriedade na rua Amparo estava alugada e com o dinheiro recebido pagava a locação da casa onde vive com a filha na rua José Zappi. "No final do ano passado comecei a ser pressionada pelo Metrô para retirar a inquilina do meu imóvel.
Ela estava no local há cerca de três anos e sentiu muito por ter que se mudar. Mantinha a residência em ordem. A casa era muito boa, foi onde morei com minha família", comenta. A inquilina deixou o imóvel em dezembro, desde então, a viúva tem que sobreviver sem o dinheiro do aluguel que complementava seu orçamento e sem a indenização que a possibilitaria adquirir outra propriedade.
As chaves foram entregues ao Metrô em fevereiro, sob nova pressão e sem nenhum dinheiro em troca. "Falavam que se o imóvel fosse invadido, a responsabilidade era minha. Acabei dando as chaves, mesmo sem a indenização", conta.
A proposta inicial que a desapropriada recebeu do Metrô foi de R$ 59.760 – que considerou inadequada e principalmente, abaixo do valor de mercado que a Companhia sempre propagou que seria utilizado nas negociações.
Com o auxílio de uma advogada, contratada a princípio para ajudar na papelada da desapropriação, conseguiu chegar a quantia indenizatória de R$ 78.920 – o mesmo que teria recebido um antigo vizinho que tinha imóvel semelhante. Já do Metrô, Leonidia ouviu que o aumento foi iniciativa da própria Companhia que também considerou a primeira oferta insuficiente.

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1comments:

Anonymous Anónimo DEIXOU O SEGUINTE RECADO:

Caros,


Teoria sobre a independência petrolífera do Brasil! Matéria postada no blog do Igor por Roberto Ilia!
http://alexeievitchromanov.zip.net
Abs

Alberto Bilac

maio 31, 2008 10:51 da tarde  

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